O primeiro registro de um Adami é datado do ano de 1660 na Germânia, chamava-se Johann Friederich Adami. Fazia parte do exercito de um principado na Germânia.
Casado teve quatro filhos: Gregor, Jacob, Johann, Wilhln, durante o século XVIII com as guerras entre as províncias, os irmãos se espalharam pela Europa. Jacob, jovem, migrou para a região do Tirol austríaco, muito próximo da fronteira com a Itália.
Fixou-se na região, casou-se e teve um filho batizado de Domenico, é a partir deste ponto que passarei a narrar os dados genealógicos e fatos relevantes desta família que ajudou a desbravar este local, hoje denominada Caxias do Sul.
Domenico fixou-se no feudo da família Cresseri em Castelpietra (Tirol), onde era agricultor de fumo e praticava trabalhos em madeira. Casou-se com Franciesca concebendo dois filhos, Giovanni e Domenico, batizados na Paróquia Besenello.
Giovanni casou-se duas vezes conforme certidão expedida pela paróquia Besenello em 13 de outubro de 1876.
O primeiro casamento foi com Maria Postighel, tiveram dois filhos, Carlos e Tereza, sendo que Carlos acompanhou o pai na viagem ao Brasil e Tereza casou-se e viveu até o fim de seus dias na Suíça, sem mais informações para relatar.
O segundo casamento foi com Catarina Batisti, tiveram cinco filhos:
Emmanoele – nascido em 15 de setembro de 1866
Catharina – nascida em 29 de setembro de 1869
Francisco – nascido em 22 de junho de 1871
Giuseppe – nascido em 01 de janeiro de 1874
Felippo – nascido em 07 de abril de 1875
Em meados de 1876, Giovanni e Domenico, devido aos problemas econômicos e sociais da Europa, resolveram deixar as terras do Barão de Cresseri e tentar a vida no Brasil. Visto que neste período o Brasil através de seu império, buscava o povoamento europeu para o Brasil, uma forma de clarear a população de maioria negra ou mestiça.
Alem de povoar, mas de proteção das fronteiras no sul do Brasil, a maioria dos imigrantes tinha seu destino para a região sul do Brasil, local onde encontraram clima, geografia e abundancia para inicialmente saciar suas necessidades e projetar o progresso econômico.
Com a certidão de casamento e nascimento dos filhos os irmãos Adami puderam obter, junto ao governo Austro – Húngaro, o atestado de boa conduta, obrigatório para poder imigrar, o passaporte e a passagem, que era custeada pelo governo imperial brasileiro.
Relatos da época informam que o estado de pobreza e isenção de bens era condição obrigatória para imigrar e poder receber os benefícios do governo brasileiro na chegada ao Brasil.
Com a documentação em mãos, embarcaram de trem para o porto de Havre (França), utilizando - se de uma rota diferenciada da época que era o porto de Genova.
A chegada dos irmãos Giovanni e Domenico ocorreu em novembro de 1876 no porto do Rio de Janeiro e na sua breve estada no barracão de imigrantes, Giovanni perdeu dois filhos mais novos, Giuseppe e Felippo, vitimas de colite, hoje denominada diarréia ou desidratação.
Partiram do Rio de Janeiro de navio a vapor, até o porto de São Sebastião do Caí, em meados de janeiro de 1877. Seguiram em tropas através do caminho pela zona alemã de S. Sebastião do Caí, Feliz até chegarem à Nova Milano, a partir desta localidade eram apenas picadas, ou picadões de emergência, como eram chamados.
O numero de integrantes da família de Giovanni e Domenico somava 19 pessoas, numero que, fez com que os demais imigrantes que viajavam junto os chamassem de “La Famigliona ”.
O governo imperial brasileiro ofertava aos imigrantes: ferramentas para trabalho na lavoura, machado e facões para cortar o mato e derrubar arvores, uma espingarda para defesa de animais selvagens e caça, mudas de arvores frutíferas e sementes, alimentação para 18 meses, tempo suficiente para plantar e obter a primeira colheita e uma casa de madeira medindo 8x4mts.
Por esta descrição pode se ter uma idéia do que era a mata atlântica do nordeste gaúcho, com muitos animais de médio porte como leões, macacos. O habito da caça como esporte surgi exatamente neste momento e passando por gerações, pois com a abundancia de animais terrestres e aves, a caça era inevitável para defesa e até sustento nos primeiros tempos nesta nova terra.
A famosa polenta italiana aparece neste momento como prato essencial da dieta dos colonos que plantavam o milho, armazenando parte para a criação e outra parte para consumo através da farinha para pães e o angu batizado de polenta.
Os imigrantes que construíam sua própria casa recebiam o valor em dinheiro do governo imperial, com esta opção, Giovanni e Domenico passaram os primeiros meses com a família em barracas improvisadas, até as casas ficarem prontas e receberam 105.000 réis por casa construída. Manufaturaram seus próprios moveis e, podemos dizer, foram os pioneiros no negócio de construção de moradias, pois recebiam o valor das casas que faziam para novos imigrantes que chegavam por essas terras.
Com este valor em moeda corrente, adquiriram outros lotes de terra e até arrendaram outros.
Os irmãos Adami eram proprietários e residiam no lote de terra sito a Rua Bento Gonçalves, entre a Rua Visconde de Pelotas e Borges de Medeiros (atual centro de Caxias do Sul), sendo que, onde se encontram o Hiper mercado BIG e Zaffari, era parte integrante do lote de terra dos irmãos Adami.
Após algum tempo, Domenico se desfez da casa e das terras na cidade e se estabeleceu com a família, na Linha 40, Capela Nossa Senhora das Neves.
Giovanni alem da casa na cidade, tinha uma colônia e um arrendamento no Travessão Pedro Américo, onde plantava videiras e fazia vinho. Alem de tirar base do sustento da família, vendia o excesso da produção para o comercio local. O trabalho era dividido, na colônia da família trabalhavam o filho Emmanoele e Franciesco e, no arrendamento, Giovanni e o filho Carlos (filho do primeiro casamento com Maria Postighel).
Nos arredores de sua colônia, no Travessão Pedro Américo, construíram 13 casas para outras famílias que estavam se estabelecendo no local, recebendo por este trabalho e, sem duvida, foram desbravadores da floresta que existia na região, repleta de madeira nobre e vastos pinheirais.
Giovanni faleceu em 11 de outubro de 1886, com 64 anos e sua esposa Catarina Adami em 03 de agosto de 1893, com 59 anos. Por esse dado podemos notar que a estimativa de vida das pessoas era relativamente baixa, pela maneira rudimentar e trabalhosa para poder sobreviver a todas as dificuldades impostas pelo trabalho, o clima e a criação dos filhos.
Após o falecimento do casal Giovanni e Catarina, que considero neste texto a segunda geração, os filhos Carlos, Emmanoele e Francisco dividiram o parreiral do Travessão Pedro Américo que cultivavam por conta e risco e parte dos rendimentos era pago a irmã Catarina, que recebeu sua parte da herança em dinheiro. Não demorou muito tempo, Emmanoele preferiu ficar na cidade, trabalhando na Cantina Laner & Cia Ltda, que era propriedade de um tirolês, pois trabalhando na colônia tinha que ficar de segunda feira até o sábado longe da esposa e filhos.
Em 1893, Emmanoele casou-se com Angelina Spinato e tiveram 12 filhos, constituindo a quarta geração:
Mario – nascido em 16 de julho de 1894, era marceneiro e carpinteiro.
Carlos – nasceu em 20 de abril de 1896, era marceneiro.
Ester – nasceu em 15 de outubro de 1898, do lar.
João – nasceu em 04 de fevereiro de 1901, era metalúrgico.
Maria – nasceu em 17 de abril de 1903, do lar.
Atílio – nasceu em 31 de julho de 1904, era metalúrgico e gêmeo com a irmã Lucia, do lar.
Guilherme – nasceu em 29 de janeiro de 1906, era marceneiro.
Guerino – nasceu em 08 de fevereiro de 1908, era contabilista.
Julieta – nasceu em 19 de outubro de 1909, era coleteira, confecção de coletes para trajes masculinos.
Aurora – nasceu em 15 de julho de 1911, era bordadeira
Vasco – nasceu em 02 de janeiro de 1917, era contabilista
Nenhum dos 12 filhos vive hoje, Vasco Adami faleceu em 2004 aos 87 anos.
Em 1919, Carlos Adami (irmão de Emmanoele), faleceu celibatário e a irmã Catharina casou-se e fixou residência na cidade de Antonio Prado/RS.
Emmanoele deixou a Cantina Laner e integrou o quadro de zeladores da prefeitura municipal, aposentando-se neste cargo. Faleceu em 19 de agosto de 1940 com 73 anos.
Angelina Spinato Adami , faleceu em julho de 1967 aos 93 anos, sempre se dedicou aos cuidados com a casa e os filhos.
A partir deste ponto passo a discorrer pelo meu galho da arvore genealógica. Partindo de Mario Adami, meu avô, e primeiro membro da quarta geração.
Mario Adami era carpinteiro e marceneiro, trabalhou 55 anos na mesma empresa, Giacomet & Dal Bó e após o incêndio da empresa retornou as atividades com a razão social Industrial Madeira & Cia Ltda.
A empresa atuava no beneficiamento de madeira, manufatura de moveis, esquadrias e construções de casas de madeira.
Casou-se com Guilhermina Dongas Bettoni em 07 de janeiro de 1921, fixando residência nas terras de Emanoelle, seu pai. Em 1927 o casal resolve se mudar para o arrabalde de São Pelegrino, local onde na época nada era muito prospero, comparado aos dias atuais.
Tiveram seis filhos: Walter, Wanda, Valtier, Weimar, Wolmar, William. Dos seis filhos apenas um é falecido, Walter faleceu em 2007 aos 84 anos.
Mario Adami faleceu em 25 de Janeiro de 1971 aos 76 anos e Guilhermina em 20 de outubro de 1997 de 1997 aos 96 anos residiu 70 anos na Av. Itália no bairro de São Pelegrino no trecho entre a Igreja de São Pelegrino e a Rua La Salle.
Prof. Marlon Adami
Prof. Marlon Adami
Seria eu uma descendente desta mesma família, porque pelo que sei, tenho tias-avós com sobrenomes diferentes. Como "D'Adami", "Di Adami", "Deadami" e por fim o meu avô "Diadami".
ResponderExcluirMarlon, muito bom encontrar teu blog. Sou bisneta de Elisabetta (Elisa) Adami, filha de Domenico, que era irmão de Giovanni, de onde sai o teu ramo da família. Tens mais dados sobre a vida de Domênico? Com quem era casado.... A vó Elisa casou-se com Davide Paolo Andreazza, pai de Luiz Andreazza, ali da loja Luiz Andreazza na esquina da Moreira César com a Pinheiro Machado. Luiz e Anayde Chiaradia Andreazza tiveram 4 filhos: Themis, Ely José, David José e Julio César. Eu sou filha do Ely. Meu pai faleceu n ano passado e estou relendo seus estudos sobre a família. Tenho total interesse sobre a vida de Domenico Adami. Sei que vieram de Castelpietra e que, conforme meu pai, sua casa ainda existe como restaurante ao lado do castelo. Aqui me surge outra dúvida. Castelpietra a que te referes é a da província de CALLIANO, região de Trento, parte do império Austro Húngaro na época, ou Castelpietra no Tyrol? Ficam a aproximadamente 100kms uma d outra, mas como tenho intenção de ir até lá para conhecer a terra de minha bisavó, gostaria de ter certeza de onde era. Meu bisavô a chamava de tirolesa, portanto penso ser no Tyrol, mas meu pai deixou o dado de que era em Castelpietra em Calliano. Podes iluminar minha busca, por favor?
ResponderExcluirUm grande abraço da "prima",
Fernanda (Sanvito Andreazza)
Ops, acabo de me encontrar. É mesmo em Calliano, próximo a Besenello, onde tu mesmo colocaste parte da história.
ResponderExcluirFernanda
Olá Marlon, Será que somos parentes? Sou filho de Luiz Felipe Adami, que nasceu em Flores da Cunha.
ResponderExcluirAbraços
Rogério Adami
rogerio-adami@hotmail.com
Boa noite, Marlon
ResponderExcluirGostaria, se você pode me informar os filhos do Domenico irmão do Giovanni, ele foi pra Linha 40 em Caxias do Sul.
contato: gui.olivo@hotmail.com
Obrigado desde já
Ate mais
Minha bisavó pelo q sei veio pequena da Itália Angela Adame e casou-se com Caetano Marconi. Todos os dois nomes como vieram pequenos e conseguiram documentos aqui no Brasil (rio de janeiro). Os nomes de cada filho ficou de uma maneira *adami *adames* marcondes *marcone e por aí vai. Estou pesquisando mais sobre minhas origens se souber de algum braço aqui do rio... fico agradecida. Patrícia Marconi
ResponderExcluirMinha família também veio da Itália, acho que somos parentes :)
ExcluirMinha família também veio da Itália, acho que somos parentes :)
ExcluirOi patrícia, nós somos parentes "próximo" a Ângela e o caetano são meus tataravos.
ExcluirE eu também estou procurando saber mais sobre eles. Se possivel entre en contrato pelo face (Rhariene Vale)
Frodoaldo Bandeira Adami ano de nascimento 1947?
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ResponderExcluirOlá, sou de família Adamy, será que sou da mesma árvore genealógica?
ResponderExcluirt.adamy@hotmail.com
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ResponderExcluirO sobrenome do meu pai é adamus CASSÚ
ResponderExcluirAlguém tem algum conhecimento ?
Sou nascido em Brodowski sp,meus bisavos tambem vieram do sul da Italia,Perto de Napolis.Jesus angelo Adami meu nome, e tdos que é adami que moram em Brodowski sao parentes , e sao muitos.... No estado de sp em toda a regiao temos Adami...
ResponderExcluirOlá, sou Carlos Adriano Adame, meu pai era José Carlos Adame e meu avô Antônio Adami. Sou de limeira, interior de S.P. e gostaria de saber se você sabe um pouco mais da nossa origem na Itália. Abraços.
ExcluirOlá
ExcluirMeu pai era Ovídio Antônio Adami neto de Angelo Adami e juriti Olivieri eram dessa região!!
Oi.. Me Chamo marilene Lourdes Adami. Meu pai era José Rossi Adami nascido em Caxias do Sul em 1903 disse ser da Região do Tirol , gostaria de saber se somos também parentes
ResponderExcluirMeu Vô chama Victorio e Marieta minha avó todos do Rio Grande
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ExcluirExclui sem querer o comentário.
ExcluirExclui sem querer o comentário.
ExcluirEmmanoelle Adami e Angelina Spinatto Adami, meus bisavós. Vasco Adami meu avô!!
ResponderExcluirAlguém conhece o Remígio Olímpio Adami?
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ResponderExcluirBoa tarde! Sou Cléber Adami! Bisneto de Francisco Adami porém nao sei se este é o meu bisavô Francisco! Alguém poderia me ajudar??? Grato
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ResponderExcluirOlá sou Francinete ADAME, neta de Honório Adame e bisneta de Luís Alberto ADAME e Clara Negrini Adame. Segundo minha mae meu avo veio da região de Napoli. Preciso saber mais da minha decência alguém? Meu avô nasceu em Alfredo Chaves ES
ResponderExcluirO que posso te informar e que Luiz adame e clara Negrini também são meus bisavós, então Honório Adami deve ser irmão do meu avô ( Joaquim Adami) falecido 1984, vila Valério, espírito santo.
ExcluirMeu nome Edmar. edmaradame@gmail.com
Só isso.que.sei.
Aliás meu bisavo veio da região napolitana. Meu avô e brasileiro
ResponderExcluirMe chamo Flávia Adami Bastian, sou neta do Vasco Adami! Gostei muito de ter encontrado seu blog e achar as raízes da minha família!! 😍
ResponderExcluirMarlon, parabéns pela pesquisa.
ResponderExcluirOla....sou descendente de Domenico Adami (que se estabeleceu na linha 40), irmão de Giovaanni...alguém saberia me informar os nomes da esposa e filhos do Domênico Adami?....desde já agradeço
ResponderExcluirDomênico Adami é o elo que falta da corrente da minha árvore genealógica...
ResponderExcluirOs nome de Giovanni, do filho CARLO e Domênico Adami consta do Livro nº 3 da Colonia Caxias -MAPA ESTATÍSTICO DA COLONIA DE CAXIAS NAS PÁGINAS nº 85 e 86, disponivel para visualização no link http://arquivomunicipal.caxias.rs.gov.br/uploads/r/unidade-arquivo-publico/b/b/1/bb1d78fc1e58befcbcc2a44db9a0da07d23fb45d0f0161be4727fa5be57da8ab/br_rs_apmcs_dir_d_08_024_l.pdf
ResponderExcluirEu sou tataraneta do Samuel, meu avô chama nilvo, porém não sei de qual irmão sou descendente
ResponderExcluirOlá! Sou Luciane Adami e na certidão de meu pai consta Batisti tbm! Gostaria de saber mais ao certo minha descendência!!
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